quinta-feira, 31 de julho de 2008

DESENVOLVIMENTO e SER MÉDIUM

DESENVOLVIMENTO

A mediunidade física é um dom inato, necessita de muito tempo e muita paciência para alcançar seu pleno desenvolvimento.
A correria e o alvoroço dos dias de hoje exigem sucessos instantâneos que não podem produzir grandes médiuns mentais ou físicos, principalmente que sejam capazes de pesquisarem lentamente, de procurar a verdade com paciência e finalmente alcançar a convicção de que a personalidade humana sobrevive após a morte corporal.
O estudo da raça humana dos tempos imemoriais é um objeto de lição para todos, todavia não observamos essas lições que temos aprendido, não vemos o presente no passado; e o que é o presente, senão o resultado dos acontecimentos passados, dos erros anteriores, das tolices consumadas? O que nos falta realmente é simplicidade e conhecimento da essência do espírito.
Quais são os sentimentos durante uma sessão? Ficamos completamente cientes do que é divulgado? Entramos mesmo em transe durante uma sessão? Geralmente ficamos muito lúcidos e podemos ouvir tudo o que é dito, tanto pelas pessoas que estão na sessão como as vozes do espírito em nossa mente.
O médium não começou ainda a realizar o que pretende ser verdadeiramente, no sentido real; ser preparado para se dar em amor e colocar-se a serviço de Deus; realizando isso, o poder que emana do espírito pode mudar não só a si mesmo, mas através dele, possivelmente o mundo todo.
Há muitas religiões diferentes, muitas até confusas, com conflitos de idéias e pensamentos; no entanto só há uma única verdade: verdade da vida eterna, que todos nós morrendo, vivemos. Os espíritos desejam ardentemente o bem estar da humanidade. Muitas pessoas pensam que um médium é como uma máquina; colocamos o dinheiro e automaticamente a máquina funciona. Não é assim. Seria perigoso e fútil para qualquer médium dirigir sessões durante todo o tempo, ao capricho desta ou daquela pessoa, no momento em que desejam.
Os guias espirituais protegem os médiuns, para que não se desgastem, pois pretendem conservar seu poder, com a finalidade de ser usado esses dons para fazer comunicações e fazer caridade, de alto valor para o mundo todo e na necessidade.
A mediunidade deve ser usada eficazmente para ajudar tantas pessoas quanto for possível, sem sobrecarregar as próprias forças e o sistema nervoso.
Devemos estar conscientes que, apesar de sermos médiuns, não devemos esperar por uma vida fácil, nem imaginar que temos o direito a privilégios especiais. Assim foi dito: “Não teremos tudo o quisermos, mas durante todo o tempo em que servimos com fé, seremos providos com tudo o que precisamos.”
Algumas vezes poderão ficar desapontados, deprimidos e sentir que não estão fazendo progresso suficiente. Não se pode precisar o tempo que levará o desenvolvimento espiritual de cada um. Com alguns ele demora anos, com outros aparece muito depressa, se perseverarem. Mas, tenham fé, sejam sinceros de espíritos e usem seus talentos para servirem à comunidade.
A ignorância e o egoísmo dos homens têm trazido grandes sofrimentos para a humanidade e as pessoas perguntam: Por que Deus permite essas coisas? Investiguem e procurem um elo através dos espíritos e lembrem-se da promessa de Jesus quando se reunirem: “Vede, Eu estou sempre com vós”. Sigam em frente, fortalecidos, e saibam que também vocês estarão servindo. Sejam Seus servos, Suas crianças e a Paz Eterna virão até vocês.
Cada ser humano possui uma substância conhecida como ectoplasma, que é a força vital. O corpo físico de um médium possui esta substância em quantidade muito maior do que a maioria das pessoas.
Durante uma sessão mediúnica, esse elemento ou força vital e que algumas pessoas chamam de poder, é retirado do médium e moldado pelos espíritos numa réplica do organismo físico vocal, que dizemos “caixa vocal”. O espírito comunicante concentra seus pensamentos nessa “caixa de voz”, fazendo criar uma freqüência ou vibração, devendo equiparar a freqüência vibratória conforme o aparelho possa receber. Utilizam os médiuns, como veículo de evolução espiritual, tornando-se guias, orientadores e amenizadores do ser humano.
Os espíritos que se comunicam com a matéria, vêm nos dar forças e poder, afim de tornar possível o caminho para várias entidades evoluírem ou outras comunicações de importância para a humanidade.
A personalidade humana sobrevive após a morte corporal, isso devemos admitir e estamos convictos. Percebemos a ruptura dos valores morais, o fracasso da autoridade, a estagnação das igrejas e o empobrecimento da vida familiar e de nossa juventude rebelde que, à procura de algo, é guiada a uma falsa percepção química de alguma outra coisa, que as drogas alucinógenas podem lhe dar momentaneamente , porém a um alto preço. Entre esses abandonados e iludidos jovens podem existir grandes médiuns em potencial, cujos talentos nunca se desenvolverão, pois há poucos espíritos que podem dar convicções mostrando-lhes o caminho da verdade.
A missão da mediunidade é tratar das almas, ajudando-as a se livrarem de suas velhas e estagnadas idéias, medo, ódio e preconceitos, que impedem seus progressos espirituais.
As pessoas precisam saber que um homem é o que ele pensa, e pelos seus pensamentos e ações cria seu próprio céu ou inferno no outro lado da vida.

SER MÉDIUM

Ser médium é ser intermediário entre a vida espiritual e a material. Cabe ao médium receber e transmitir mensagens ditadas pelo mestre, guia ou protetor. Toda e qualquer pessoa é potencialmente um médium, sendo diversas as modalidades, graus e faixas de evolução com que se apresenta a mediunidade de um indivíduo.
Não é finalidade deste artigo estudar uma a uma essas formas de mediunidade, mas de mostrar que, em todas elas, há requisitos, direitos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela com a mediunidade aberta ou não. Mediunidade “aberta” se aplica naquelas pessoas em que o fenômeno da mediunidade, ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se manifestou de alguma forma.
A responsabilidade do médium é grande, não só porque dele dependem diversos irmãos materiais, como também porque nele é depositada a confiança do Supremo Criador.
O médium deve ser humilde, resignado, perseverante, caridoso e acima de tudo, justo para com todos os que o rodeiam e o procuram. O médium deve ter fé, esperança, compreensão e amor para distribuir a todos que, carentes de palavras de conforto, ouvem as mensagens do Astral. Somente dotado destas virtudes pode o médium receber transmissões de verdade, paz e harmonia para retransmiti-las a seus irmãos.
O desenvolvimento da mediunidade se processa a medida que o indivíduo vai fixando estes conceitos dentro de seu íntimo e, o que é mais importante, a medida que estes conceitos vão sendo praticados realmente, do fundo do coração, é que ele vai subindo na escala de desenvolvimento mediúnico. O tempo deste desenvolvimento está diretamente relacionado com a aceitação da Verdade Divina e a aplicação desta verdade no cotidiano do médium.
Existem certos entraves e barreiras na vida de um médium que, por vezes, em segundos apenas, pode ele perder anos de aperfeiçoamento espiritual. Entre eles podemos citar o ódio, o rancor, o ciúme, a inveja, o fanatismo e o materialismo abusivo. São obras dos espíritos sem luz que estão à espreita dos menos avisados e tomam posse do corpo astral do indivíduo, incutindo-lhes sensações e sentimentos mórbidos que na certa irá destruí-lo se não forem combatidos a tempo. Neste caso o médium torna-se um possesso das forças do mal, chegando até, o que muito freqüentemente ocorre, a influir materialmente na vida do médium, fazendo com que este transmita estes sentimentos impuros a todos os que o rodeiam. Torna-se então num antro de forças negativas e cai no abismo escuro e profundo das trevas.
Portanto tem, o médium, sempre duas portas à sua frente e depende dele abrir a porta certa. Não é como se diz “um tiro no escuro”, todo médium ao encontrar-se numa situação semelhante deve elevar seu pensamento à Deus e com forte e vigorosa prece implorar aos seus mentores que iluminem sua mente e o impila a seguir por caminhos retos.
O médium tem proteção espiritual, basta preservar esta proteção e sempre renová-la através de pensamentos positivos de paz, amor, verdade e justiça. O médium, para conseguir isto, não necessita ser um intelectual, nem um recluso da vida material. Basta que tenha uma vida normal, regular, mas sempre voltado para as coisas espirituais, que é a razão de sua existência, mas nunca com fanatismo, que é uma das portas do abismo. Deve ser controlado, estável diante de situações tanto alegres como tristes, felizes como desesperadoras, sem entretanto perder o sentimento de humanidade. Deve sempre ter em mente que Deus a tudo vê e a tudo fiscaliza. Deve semear a harmonia de partes conflitantes, não importando de que lado esteja. Deve perdoar a todos sem exceção, não interessando por quem ou por que foi ofendido. Deve ter paciência com os menos esclarecidos, afastando sentimentos de ódio, inveja, ciúmes e rancor.
Não deve ter ilusões nem iludir a quem quer que seja. Deve sim, mostrar a realidade dos fatos e aceitá-la como tal. Deve saber distinguir o certo do errado e saber dizer esta verdade sem ferir a ninguém. Deve seguir os mandamentos ditados pelo Mestre dos Mestres, não como uma obrigação, mas como uma coisa natural, real e verdadeira. Para isso deve imprimir no seu íntimo a essência e as razões de tais mandamentos. Deve principalmente:

“AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”.

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