quarta-feira, 30 de julho de 2008

Trajes: As vestes do Ogan pode ser um Abadá, ou uma Bata comprida que vai até altura dos joelhos (não é obrigatória o mesmo usa se tiver), acompanha da sua Filá, um gorro branco que fica em sua cabeça.

Foto tirada da Confirmação de dois Novos Oga (Casa do Babalôrixá Meruntó Luis - RJ 2007).

Observe nea foto acima alguns aspectos mencionados: A cadeira que está ao centro é a do Babalôrixá. O Ogan geralmente se posiciona ao lado do dirigente obsrevando o culto, e até mesmo para quando necessário for fazer algum comentário com mesmo está próximo sem que os demais possam ouvir. Assim como a cadeira do Babalorisa é exclusiva, a do Ogan também outras pessoas não devem se sentar nas mesmas.

Ogans em um toque de Ijesa - Nigéria / África

posted by Gabriel D'Sango at 12:09 | in:
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24/7/2007
Assim Começa a Umbanda
UMBANDA: Palavra de origem "Bantu" Significa: Reunir para pratica da cura, a palavra é a contração de palavras no dialeto Yoruba. Contração de palavras: Forma de abreviatura muito utilizada neste Idioma. Como podemos observar no texto anterior a chegada dos negros escravizados resultou na união dos mesmos com os índios igualmente escravizados. No resultado desta união se deu naturalmente uma mistura de culturas e crenças. A partir deste momento os Negros assim como os Escravos praticavam o culto aos seus deuses escondidos nas suas horas de descanso geralmente aos domingos. Como é fato que o branco impôs a sua crença aos negros e índio os mesmo encontraram uma maneira de cultuar seus Deuses sem serem castigados. Surge daí o CONGÁ: A Grande Cabeça, neste local foram colocadas imagens de santos da igreja Católica, mas na verdade todo o fundamento do seus Deuses encontrava-se abaixo do mesmo em uma cavidade coberta com enfeites, palhas e panos. Assim podiam manter um local fixo de adoração sem que os padres destruíssem o que eles adoravam. Com este fato surge o que se chama de SINCRETISMO, começaram a fazer uma relação das histórias dos santos católicos com as lendas dos Orixás África.
Surge por volta do ano de 1900. No Brasil começou a ser cultuada na cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói, o seu percussor foi o Caboclo Sete Encruzinhadas. (Vejam em seguida)
A umbanda como culto organizado segundo os padrões atualmente predominante, teve sua origem no inicio do século XX, no estado do Rio de Janeiro, em 1920, onde foi fundado o primeiro centro de umbanda, que teria nascido como dissidência de um Kardecismo que rejeitava a presença de guias negros e caboclos, consideradas pelos espíritas mais ortodoxos como espíritos inferiores. De Niterói, esse centro foi se instalar numa área central do Rio de Janeiro em 1938. logo seguiu-se a formação de muitos outros centros desse espiritismo de umbanda, os quais, em 1941, com o patrocínio da União Espírita Brasileira, promoveram no Rio o Primeiro Congresso de Umbanda, congresso ao qual compareceram umbandista de São Paulo. (Reginaldo Prandi)
“Os cultos afro-brasileiros, por serem religiões de transe, sacrifício animal e de culto aos espíritos (portanto, distanciados do modelo oficial de religiosidade dominante em nossa sociedade), tem sido associados a certos estereótipos como “magia negra” (por apresentarem geralmente uma ética que não se baseia na visão dualista do bem e do mal estabelecidas pelas religiões cristãs), supertições de gente ignorante, práticas diabólicas, etc. Alguns desse atributos foram inclusive, reforçados pelos primeiros estudiosos do assunto que, influenciados pelo pensamento evolucionista do século passado, viam as religiões de transe como formas “primitivas” ou “atrasadas” de cultos.”
(Vagner Silva)
Um recurso utilizado na investigação da história mais remota das religiões afro-brasileiras seria o uso das tradições orais e na ausência das historias orais, os estudos antropológicos pode dar algumas contribuições. Na passagem do século XIX para o século XX, temos o trabalho de Nina Rodrigues, que apesar do seu cunho preconceituoso, fez entrevistas a membros de terreiros que podem servir para reconstituir muitos aspectos da história das religiões afro brasileiras sob a escravidão.
No Rio de Janeiro, sob um prisma mais jornalístico, João do Rio, mais ou menos na mesma época do autor baiano, também conversou com pais e mães de santo e mestres malês que contribuíram com a pesquisa sobre a religiosidade do negro sobre a escravidão.
Arthur Ramos a partir da década de 1930, em o Negro brasileiro, substitui o conceito da raça – usado para desqualificar o negro e sua religiosidade – pelo de cultura – que vê as manifestações religiosas como processos históricos e sociais não subordinados às características biológicas de seus participantes.
O baiano etnólogo e folclorista Edison Carreiro, foi autor de importantes estudos sobre os cultos de origem africana, sobretudo de procedência banto, como Negros bantus (1937), candomblés da Bahia (1948) e Religiões Negras (1963).
As religiões afro-brasileiras também atraíram a atenção de pesquisadores estrangeiros como o antropólogo Roger Bastide que encantou-se com o universo mítico dos candomblés baianos, passou a estudá-lo e produziu uma das mais abrangentes análises sobre o assunto. Em sua importante obra As Religiões Africanas no Brasil, fez um mapeamento das informações relativas à era colonial/escravista. Utiliza a literatura histórica, antropológica, viajantes e cronista já publicados. Sobretudo em seu capitulo a respeito das “sobrevivências africanas”, ele discute o culto aos mortos, magia e cerimônias religiosas entre os escravos. Encontra pouco, mas lançou as bases de um estudo mais sistemático da formação inicial das religiões afro-brasileiras. (João José Reis)

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