quarta-feira, 30 de julho de 2008

Por oportuno, vale lembrar aqui as pesquisas do Dr. Ian Stevenson, Psiquiatra americano, respeitadíssimo do ponto de vista de rigor científico e credibilidade a nível mundial, o qual tem se dedicado, praticamente toda a sua vida, às investigações relativas à Reencarnação. São quase 40 anos de pesquisas científicas com milhares de casos identificados em todo o mundo, relativas a crianças que se lembram de suas vidas passadas. Não sendo Espírita nem crente na Reencarnação, os fatos começaram a despertar nele a curiosidade e vontade de pesquisar.

Stevenson acha que se pode acreditar na Reencarnação com base em provas. Com mais de meia vida à procura de crianças que recordam vidas anteriores, estudou perto de 3 mil casos, alguns impressionantes.
Stevenson sabe que é ignorado por alguns dos seus pares, mas o seu trabalho é espantoso. Dos 14 livros publicados, as demonstrações para que os mais racionais acreditem na Reencarnação são fantásticas.

Um dia, quando as pessoas se consciencializarem desta realidade, haverá profunda alteração no tecido social do planeta, já que o homem sabendo que o seu futuro dependerá do seu agir de agora, não mais fará a guerra, deixará de ser xenófobo, racista, deixará de desprezar o pobre ou o marginal ou a pessoa do outro sexo, deixará de poluir a natureza, pois saberá que na próxima existência ele poderá passar pelas situações até então desprezadas para aprender a valorizá-las dentro da vida como experiências importantes para todos nós.

Parte dos Textos acima foi obtida de : Notícias Magazine, 02 Junho 2002, Portugal, «A reencarnação com base em provas».

CULTIVO DA CIÊNCIA ESPÍRITA

· A conquista dos segredos da natureza exige pesquisa paciente e metódica. Ninguém pretenda alcançar o conhecimento das leis naturais, agindo atabalhoadamente, sem um roteiro, sem um sistema racional, sem um método.

· O método não significa exclusivamente ordem. Faz, também, parte integrante dele a honestidade, o amor à verdade, o equilíbrio emocional, a ausência de prejuízos doutrinários e muitas outras atitudes positivas devem aureolar o verdadeiro investigador.

· Lembremo-nos de que o maior inimigo do pesquisador espírita é, sem dúvida, o seu emocional, carregado muitas vezes do pensamento mágico.

· Toda experiência carece ser cuidadosamente planejada e seus resultados submetidos a rigorosa análise. Ao legítimo pesquisador não interessa seja confirmada este ou aquele ponto vista, e sim revelado qual o que está certo. Para ele só há um objectivo: a verdade.

·Toda experimentação precisa ser repetida um grande número de vezes, e seus resultados convém anotados cuidadosamente para posterior tratamento estatístico.

· O Pesquisador científico do Espiritismo deve ter conhecimento das Ciências Naturais e da matemática. (Andrade, 1960, cap. II)

· Não se aprende a ciência espírita sem tempo para reflexão. Por isso, nada de precipitação. O correcto é aplicar-se de maneira exaustiva, excluir toda a influência material, e observar criteriosamente os fenómenos, tanto os bons quanto os maus.



8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRADE, H. G. Novos Rumos à Experimentação Espirítica. São Paulo, Livraria Batuíra,1960. BRONOWSKI, J. e MAZLICHE, ___. A Tradição Intelectual do Ocidente. Lisboa, Edições 70, 1988.CURTI, R. Espiritismo e Reforma Íntima. 3. ed., São Paulo, FEESP, 1981.DELANNE, G. O Fenómeno Espírita. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1990.FREIRE, J. Ciência e Espiritismo (Da Sabedoria Antiga à Época Contemporânea). 2 ed., Rio de Janeiro, FEB, 1955. GARCIA MORENTE, M. Fundamentos de Filosofia - Lições Preliminares. 4. ed., São Paulo, Mestre Jou, 1970.KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.RUIZ, J. A. Metodologia Científica - Guia para Eficiência nos Estudos. São Paulo, Atlas, 1979.

Sábado, 14 de Abril de 2007

o que é o espiritismo?


O QUE É O ESPIRITISMO OU DOUTRINA ESPÍRITA?

"Nascer, morrer, renascer de novo e progredir sempre. É esta a lei."Allan Kardec (vide
biografia)

O vocábulo espiritismo costuma ser associado a casas assombradas, superstições, rituais africanos, fantasias e, até, a terapias alternativas.....

O Espiritismo (com e maiúsculo) ainda é pouco e muito mal conhecido. Na realidade, é uma Doutrina que trata da origem e natureza dos Espíritos e das suas relações com o mundo material, através de um conjunto de princípios e de leis, revelados por diversos Espíritos Superiores, que estão contidos nas obras que Allan Kardec recebeu e coordenou e que constituem a chamada Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, o Céu e o Inferno e A Génese.

O Livro dos Espíritos, publicado em 18 de Abril de 1857, em Paris, é a obra básica do Espiritismo (já que todas as outras partem dela) e contém os princípios de uma filosofia espiritualista sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e as suas relações com os homens, as leis morais, a presente vida, a vida futura e o futuro da Humanidade, segundo os ensinamentos transmitidos por Espíritos Superiores através de vários médiuns e que, como acima se diz, foram recebidos e coordenados por Kardec. Não se trata, portanto, da obra de um homem mas sim da de vários espíritos desencarnados que inauguraram uma nova era na humanidade: a Era do Espírito. E, neste sentido, é errado dizer-se que Kardec fundou o Espiritismo. Antes dele, já este existia; mesmo na Bíblia, no Antigo Testamento, deparamo-nos muitas vezes com casos mediúnicos relatados nos seus diversos livros. Mas foi ele que adoptou os termos “Espírita” e “Espiritismo” e, através da Doutrina Espírita, explicou os factos que os espíritos apresentavam ao mundo.

Embora tenha publicado outras obras (O que é o Espiritismo, Revista Espírita, A Prece, etc.) as cinco que acima se mencionam são as principais e as que constituem o ABC da doutrina. Mas o Espiritismo é, também, o Consolador prometido por Jesus (cf. Evangelho segundo S. João, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26) que veio, na altura devida, relembrar e completar o que Jesus nos ensinou, trazendo assim à Humanidade as bases reais para a sua espiritualização. Tendo como fundamento a moral Cristã, a Doutrina Espírita é a revivência do Evangelho de Jesus e revela conceitos novos e mais profundos sobre Deus, o Universo, os homens, os espíritos, e as leis que regem a vida. Explica ainda o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual é o objectivo da nossa existência e, também, qual é a razão da dor e do sofrimento.

Jesus é o guia e modelo de toda a Humanidade. A moral que Ele nos ensinou e exemplificou é a expressão mais pura das Leis de Deus e o roteiro seguro para a evolução de todos os homens. Assim, a sua aplicação é a solução para todos os problemas e também o objectivo a ser atingido por toda a Humanidade. E a oração, a prece, é uma grande ajuda, porque se for feita com sinceridade, fervor e fé, Deus envia ao homem Espíritos para o auxiliar e tornar mais forte na sua luta contra o mal.

Os princípios básicos do Espiritismo são:
A existência de Deus como Primeira Causa de todas as coisas, único, imaterial, eterno, imutável, omnipotente e soberanamente justo e bom.

A existência dos espíritos como seres imateriais e imortais, que conservam a sua individualidade após a morte do corpo físico.

A evolução incessante dos espíritos, em direcção à perfeição divina, que é o único determinismo da vida.

A reencarnação, como mecanismo fundamental para a evolução dos espíritos, através da qual se manifesta a Justiça Divina que os educa, a fim de compreenderem as Leis de Deus.

A mediunidade, como um meio natural de comunicação com os espíritos desencarnados e, também, como uma faculdade igualmente natural que é inerente a todos os seres humanos. O Espiritismo difere das doutrinas mediúnicas porque se utiliza desta faculdade como um meio de aprendizagem e de evolução e apenas com base nos princípios da doutrina e dentro da moral cristã. A prática da mediunidade não é a espinha dorsal do Espiritismo, mas uma via por onde ele procura ajudar o próximo e conhecer a verdade.Praticar a mediunidade não torna ninguém espírita.

A moral cristã, sobre a qual se apoia a conduta do verdadeira espírita. Kardec diz a este respeito: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as suas más tendências.”

A pluralidade dos mundos habitados e não apenas a Terra; além do mundo material, moradia dos espíritos encarnados, existe também o mundo espiritual, moradia dos espíritos desencarnados. O Universo está plenamente ocupado com diversos tipos de mundos em que habitam seres que se encontram em diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos, e menos evoluídos do que o homem.

O Espiritismo penetra em pontos fundamentais do conhecimento humano. Aborda questões morais, filosóficas, científicas e religiosas; daí o dizer-se que é Ciência, Filosofia e Religião. É Ciência porque, tendo método e objecto próprios, usa a observação e a experimentação para procurar o seu próprio desenvolvimento; é Filosofia porque responde às questões básicas do conhecimento humano: estuda as origens do homem, de onde veio, para onde vai e quem é; e é Religião (embora não tenha cultos ou rituais externos nem sacerdotes) porque procura a integração do homem com Deus.
O homem é um espírito encarnado num corpo material e perecedouro. Os espíritos (que são seres inteligentes e imortais) são criados por Deus simples e ignorantes e irão reencarnar tantas vezes como se demonstre serem necessárias para a sua evolução moral e intelectual. Eles evoluem sempre. Nas suas múltiplas existências podem parar na sua evolução, mas nunca retrocedem. E a rapidez da sua evolução é directamente proporcional ao esforço que para tal empreguem.
Os espíritos existem em diferentes ordens de perfeição moral, segundo o progresso que já atingiram: Espíritos Puros, Espíritos Bons e Espíritos Imperfeitos. As suas relações com os homens são constantes: os Espíritos Bons atraem-nos para o bem; os Espíritos Imperfeitos instigam-nos ao mal, ao erro. Mas o homem é criado por Deus com o livre arbítrio, ou seja, com a liberdade de decisão para agir. E assim, a sua vida futura será a consequência das suas acções de hoje ou de ontem, proporcionando-lhe dores e alegrias, segundo o comportamento que tenha tido de respeitar, ou não, as Leis de Deus.

O Espiritismo tem ainda como regra outro ensinamento de Jesus: “Dá de graça o que de graça recebeste” (cf. Evangelho segundo S. Mateus, cap. X, v: 8). Por isso, todos os actos praticados na Casa Espírita são grátis. Além disso, nas suas reuniões não utiliza altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões ou indulgências, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinogénias, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopo, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios ou quaisquer outros objectos ou rituais.

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, dando valor a todos os esforços que se fazem para a prática do bem, e trabalha para que haja paz e convivência fraternal entre todos os homens, seja qual for a sua raça, cor, nacionalidade, crença religiosa e nível cultural ou social.
A Doutrina Espírita veio ainda mostrar que o egoísmo e o orgulho (também chamado às vezes “amor-próprio”) são as verdadeiras chagas da Humanidade, porque são eles que a prendem ao materialismo, tirando-lhe a alegria de viver e a esperança no futuro...

O Espiritismo diz-nos que o verdadeiro homem de bem é aquele que “cumpre a Lei de Justiça, Amor e Caridade, na sua maior pureza” e ensina-nos ainda que
“Fora da Caridade não há Salvação”(Allan Kardec)

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